Depois de todo o processo em que é apontado como estando envolvido na alteração, em 2002, da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo, permitindo a construção daquele empreendimento de Alcochete, é agora lançada a notícia da chegada de uma carta inglesa a Portugal, que supostamente coloca a nosso primeiro-ministro no topo dos suspeitos envolvidos neste caso. Assim foi anunciado que José Sócrates faria uma declaração o país, que estaria marcada para as 17h45.
Após um atraso de cerca de vinte minutos, o ex-ministro do Ambiente volta a afirmar que as denuncias de que é alvo não passam de acusações difamatórias baseadas em “alegados factos” que apenas têm o objectivo de o “atingir pessoal e politicamente” na tentativa de afectar a sua “honra e integridade social”. No entanto volta a sublinhar que não será desta forma que o vencerão e que possui plena confiança na justiça, acreditando que esta imporá a verdade. O engenheiro José Sócrates reafirma que a autorização para o projecto Freeport obedece às normas em vigor e que este “respeitou todas as exigências ambientais” impostas. O actual primeiro-ministro afirma ainda que todas as declarações do impacto ambiental do projecto foram sempre de interesse público, realçando que continuará a fazer “o melhor pelo país”, encarando esta situação como mais um desafio.
Terminado o seu discurso, o actual primeiro-ministro mostrou-se disposto para responder a algumas perguntas dos jornalistas presentes. Durante estas respostas mencionou que o facto de a carta inglesa pedir para analisar as suas questões bancárias é mais uma das muitas notícias inverídicas que este “repudia com indignação”, afirmando que esse não é o verdadeiro teor da carta, e que esta não o invoca como suspeito, muito pelo contrário. José Sócrates refere ainda que continua “determinado” e que nada o desvia do seu caminho, pois, segundo este, já ultrapassou muitas “campanhas sujas” e como declara “nunca diminuiu a minha autoridade”. Assim o primeiro-ministro demonstra-se mais uma vez disposto a colaborar com as autoridades, referindo que todos os cidadãos devem estar ao alcance da justiça demonstrando ansiar que a verdade seja imposta.